Robôs podem tomar lugar de servidores públicos, diz estudo

Máquinas poderão substituir quase 250 mil funcionários públicos no Reino Unido durante os próximos 15 anos, segundo um relatório publicado pelo instituto liberal de pesquisa - Reform.

O texto sugere que a burocracia no futuro precisará ser engrenada por atendimentos automáticos e robôs, gerando uma economia anual de mais de R$ 16 bilhões. Setores como polícia, educação e saúde seriam afetados.

A perspectiva preocupa, por outro lado, os sindicatos que enxergam nessa proposta um cenário com menos empregos e direitos trabalhistas mais mirrados. “É uma má ideia para trabalhadores, famílias e contribuintes”, afirmam.

Segundo o estudo, de 90 páginas, a administração britânica é pouco produtiva e será inviável mantê-la, já que não há dinheiro suficiente para sustentar o modo com que funciona.

“Haverá resistência e medo pela perda de postos e isso precisa ser levado em conta de uma maneira sensível. Mas a população também está interessada em serviços que funcionem bem”, disse a coautora da pesquisa.

A automatização será especialmente relevante em tarefas cognitivas, como a identificação de padrões e a organização de processos, segundo dados do estudo. Por exemplo, secretários.

O Reform não sugere que todo o funcionalismo seja trocado por robôs. Haverá sempre, de acordo com o setor, uma parte necessária do pessoal com carne e osso.

Uma das razões é a população que não está acostumada a lidar com tecnologias, como os mais idosos.

Mas mesmo tarefa mais delicadas, como alguns procedimentos feitos por enfermeiras e médicos, podem ser substituídas pela tecnologia, segundo o texto.

Fonte: Folha de São Paulo